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Arak, o néctar dos deuses


Quem nunca ouviu a expressão “de araque”? No Brasil, tal expressão surgiu na década de 50, e é utilizada para se referir a alguma afirmação mentirosa, porém, o que muitos não sabem é que a origem da expressão é a bebida “Arak”, que foi importada ao Brasil pelos imigrantes árabes. Tomar um gole da bebida, aos adeptos, causava uma embriaguez e a pessoa começava a falar muitas bobagens, contando história “de araque”.

Considerado o néctar dos deuses árabes, o Arak é preparado a partir de uvas fermentadas e destiladas, temperadas com o anis. Mas pode ser produzido também com tâmaras, ameixas, damascos e maçãs. Seu teor alcoólico é de 45,9%. Devido a essa quantidade considerável de teor alcóolico, não são necessárias muitas doses para sentir o efeito, embora em questão de sabor, não tenha toque de álcool.

O Arak deve ser consumido diluído em álcool ou com gelo. A bebida é incolor, porém, quando o gelo é adicionado, a bebida muda o aspecto e a coloração, tornando-se leitoso e turvo. Por conta dessa mudança, o Arak também é conhecido como Leite de leões ou leite de camelo.

A bebida possui um aroma e sabor intensos de anis, levemente ácido e adocicado. No entanto, ele chega a queimar a língua se for forte. É muito parecido com um licor.


De onde surgiu o Arak

Os principais produtores do Arak são a Síria e o Líbano, que disputam o título de “melhor Arak do mundo”. É consumida após as refeições nos países de origem, com exceção das regiões árabes muçulmanas, onde a bebida é proibida.

Os primeiros a produzirem o arak, há cerca de quatro mil anos, foram os egípcios, cultivando o anis. Eles descobriram que, adicionando as sementes a um suco destilado de uvas, produziam uma bebida alcoólica muito forte.


Produção

A produção é feita em três processos de destilação. Inicialmente, é feita a colheita de uvas claras, que não passaram por irrigação, crescendo sob o sol e o clima mediterrâneo. As uvas são colhidas em setembro e outubro, amassadas e, juntamente com o suco, armazenadas em barris de cobre por 21 dias.

Na segunda destilação é inserido o anis.

O licor é, então, destilado uma terceira vez, em baixas temperaturas. Só então ele é armazenado, muitas vezes em vasos de cerâmica. O processo de envelhecimento dura 12 meses.

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